Os desafios da “razão ambiental”, por Pedro Cláudio Cunca Bocayuva

A Rio+20 demonstrou os limites de deixar a questão ambiental ao sabor do mercado e a debilidade do consenso aparente sobre o caráter emergencial dos problemas socioambientais. A retórica verde foi banalizada pelo mercado e pelos governos. É necessário elaborar uma crítica da “razão ambientalista” e repolitizar o tema.

Cúpula dos Povos – Declaração Final

Movimentos sociais e populares, sindicatos, povos, organizações da sociedade civil e ambientalistas de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, vivenciaram nos acampamentos, nas mobilizações massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas, conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas, novos paradigmas de sociedade.

‘Negociações da Rio +20 falharam’, diz Raul Castro

O presidente de Cuba, Raúl Castro, criticou o acordo previsto para ser assinado na Conferência ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, durante seu discurso em plenária nesta quinta-feira (21). “Negociações falharam”, disse Castro. O cubano também pediu o desarmamento nuclear e o fim das guerras.

“Negociações falharam e a falta de um acordo que permita sustar mudança global é reflexo da falta de vontade polítca e incapacidade dos países desenvolvidos no sentido de agir de acordo com a responsabilidade histórica que têm e sua posição atualmente adotada”, criticou o presidente.

Denúncias contra ‘economía verde’ dominam 2º dia da Rio+20

As denúncias contra a “economia verde” tomaram conta nesta quinta-feira da cúpula Rio+20, com acusações de Bolívia, Equador, indígenas e ONGs contra os países ricos por promover uma nova forma de colonialismo ambiental e críticas pela falta de resultados concretos.

“Os países do norte se enriquecem em meio a uma orgia depredadora e obrigam os países do sul a ser seus guardas-florestais pobres”, denunciou o presidente boliviano, Evo Morales, na sessão plenária da cúpula, que reúne 86 chefes de Estado e de governo até sexta-feira com o objetivo de frear a degradação ambiental do planeta e combater a pobreza.

“Querem criar mecanismos de intervenção para monitorar e julgar nossas políticas nacionais (…) com desculpas ambientais”, lamentou.

Declaración de los Mbya Guaraní del Uruguay a la Conferencia Internacional de Naciones Unidas sobre Desarrollo Sustentable y Medio Ambiente

Los Mbya Guaraní reconocemos el Uruguay como tierra de nuestros ancestros a través de las generaciones, llegamos siempre al Uruguay porque lo reconocemos como nuestra tierra ancestral. Está en el mismo nombre “Uruguay,” que es palabra guaraní.

Queremos seguir buscando las huellas de nuestros antepasados, que nuestros hijos sigan conectados a los espiritus de nuestros antepasados y a la tierra.

Queremos continuar y que nuestra tribu siga este camino – más alla de entrar en contacto con la gente de la ciudad – que continúe la lengua y la cultura propia.

Nosotros nos preguntamos ¿Por qué nuestra gente está dejando todo eso? Para que no se pierda, tenemos que seguir a través de esa memoria.

Acá en Uruguay, hay mucha memoria perdida que queremos recuperar.

Para nosotros, la Tierra Sin Mal es el Uruguay (Y’vy maraney).